Da janela eu vi a rua
Depois da rua a casaDepois da casa o céu
E depois não vi nada.
Caminhei até a estrada
No fim dela encontrei o abismo
Me lancei lá do alto
Encontrei o sublime infinito.
Adentrei a água rasa
Nadei ao meio do rio
Mergulhei em sua profundeza
Mas fiquei sem ar e voltei
Do presente eu vi o futuro
Tentei ir mas tive medo
O medo me fez pedra
E o que tem depois de mim?
Depois da pedra tem o salto
Antes dela a subida
Depois do salto, a queda
E na queda a poesia
Será a pedra do caminho de Drumond
A mesma do meu caminho?
Ou será essa minha pedra preciosa
Como as de Serra Pelada?
No meu caminho puseram uma pedra
Dessa pedra eu fiz um verso
O meu verso virou poesia
Que a caneta petrificou no papel.
Luna Pescada.
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